Eu só imaginava, mas não tanto
Sentia sua distância, em paz
Às vezes, eu queria mesmo
Eis que tanta falta faz
Pisar nas pegadas de areia
Ouvir o crepitar constante
Ter o toque e só ele
Ter um sonho paralizante
Nunca antes, eu quis tanto
Jamais até hoje, senti a falta
Sem saber que queria saber
Agora penso, em voz alta
Queria seus cachos em onda
Queria meus dedos no violão
Queria calor no inverno
Tocar o vidro, e não sua mão
Mas eu que digo, sou mudo
Quem me escuta, não ouve
Enquanto grito, me desespero
E nada parece, nada houve
Se parece que sequer tentei
Ainda tento mudar o destino
E o fio de passado, esse sim
A cada instante é mais fino
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