quarta-feira, 28 de agosto de 2013

domingo, 25 de agosto de 2013

Morte

Falcão Incessante
Câncer indolor
Verme Rastejante
Cinza e morta cor

Rápida e lancinante
Acaba como areia
Ou lenta e torturante
Inescapável teia

Úmida ou quebradiça
Difícil evitá-la
Impossível pará-la

O tempo a atiça
Enterro tosco ou fino
Esse é o seu destino

domingo, 18 de agosto de 2013

As areias do tempo

Punhado de areia
Punhado de tempo
Preciso ligá-los
Preciso prendê-los

Alguns grãos se perdem
Voando entre estrelas
Para não mais voltar
Enquanto penso na tarefa

Finalmente, sei a solução
De areia em vidro
Tem início o tempo
No giro da ampulheta

Soneto da Alma Gêmea

Um dia, ouvi dizer uma lenda
Dizia que ele e ela
Eram um só, compreenda
Alegres em confortável cela

O Deus Mal naquele lugar pousou
Observou aquela eterna felicidade
Com o dedo podre, ele e ela separou
Trazendo o terror para a cidade

Homem e mulher, incompleta alma
Existe o ser perfeito, tenha calma
Olhe ao redor e verá

Em algum canto, você deve achar
Aquele que seu ser irá completar
Pois assim nasceu e assim morrerá

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Autodeclarada bela

Alguém elogiou?
Talvez
Alguém comentou?
Não sei

Mas o que ela fez?
Não foi mal entendida
Ela olhou no espelho
Viu a pintura refletida

domingo, 11 de agosto de 2013

Soneto da aclamada e doce dor

Felicidade, palavra estranha
Não resume o sentimento
Que faz minha paixão tamanha
Que sinto por ti nesse momento

Toda a minha vida
Parece ainda mais curta
Que um segundo sem ti, querida
Instante que o relógio me furta

Pois quanto te tenho comigo
O tempo voa como falcão
Única batida do coração

Mas já percebi o perigo
Não é Cronos quem acelera
Minha alma é que te espera

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Samba

Dança essa dança
Canta esse samba
Dança e encanta
Canta e encanta

Roda essa dança
Morena, canta
Que hoje o samba
Vai rir e cantar
Só pra você encantar